domingo, 4 de abril de 2010

Remoinho de Emoções por Giraldoff

"Se a emoção é a linguagem da alma, o sentir é provavelmente a sua fala. Mesmo que tudo se processe, quase sempre, ao nível do inconsciente. A escrita será, então, a sua verbalização, uma forma de abraçar o mundo.
“Remoinho de Emoções” situa-se nesse plano.
As palavras que formam a obra parecem surgir de forma vertiginosa, num processo criativo quase intuitivo e, seguramente, autêntico e inspirado. “Se conseguisses ver, abraçar ou sentir os meus olhos, de certeza que irias perceber o autêntico significado deste pensamento” (in “Mergulha no meu olhar”).
O que o leitor encontra neste livro é, antes do mais, o alvoroço de uma alma que se define e se desnuda. “Não existe fase mais dramática e aflitiva, mas ao mesmo tempo mais libertadora do que matar uma soma gigantesca de pormenores para iniciar uma nova fase “ (in “Começar de novo”). Pese a aparência formal do registo adoptado (um quase diário), este livro é um diálogo da face (multifacetada) da Autora consigo própria, com as suas emoções, os seus turbilhões, o seu mundo no mundo. “Com muito, pouco ou algum sentido, o importante é que estou impressa em cada linha que escrevo” (in “Palavras”). E, de facto, assim é. Seja Mafalda, Inês, a sua soma ou a sua divisão, cada uma das vozes inscreve-se nas linhas que escreve.
Nesta dialéctica reside umas das fundamentais seduções do livro.
Quem já leu o livro, certamente se interroga porque não fiz ainda uma referência ao Amor (ou ao desamor), se este é transversal à obra e uma das suas essenciais inspirações. Apenas porque, como diz a Autora, as “verdades não se decifram, simplesmente são” (in “Pessoas especiais”).
A procura de Ser é um remoinho de emoções.
Estas são as letras de Marisa. "

Giraldoff

Obrigada pela partilha. Gostei muito. beijinhos
Marisa

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