segunda-feira, 27 de abril de 2009

O livro e o blogue pela voz de Ligia Souto ( 27 anos )

“ Olá Marisa…

Estou a caminho de Lisboa para uma entrevista e não posso de forma alguma deixar de expressar os sentimentos nos diversos momentos à medida que fui lendo “Remoinho de Emoções”. Pensei dizer-te isto de várias formas…mas sem dúvida que escrever á medida que sentia é mais real e sem tempo para grandes reflexões.
Conheci o teu blogue através da nossa amiga Laura e logo que tive oportunidade, fui vê-lo. Comecei a explorar o teu blogue até que uma história me prendeu. Contudo, à medida que fui lendo os testemunhos da Mafalda eram tristes. Sou sincera, perdi o desejo e a vontade de ler mais, de querer mais…
Ontem à noite quando preparava as coisas para vir para Lisboa, dei por mim a pensar o que vou fazer durante a viagem?! Então que, lembrei-me do teu livro.
Parabéns Marisa pela tua escrita, é sem dúvida alguma fascinante. Tens o dom da palavra, da escrita. Cada junção de letras significa mais uma criação da tua criatividade merecedora dos meus sinceros aplausos. Gostei de ler o livro, de ter sentido o que senti, de ter feito uma retrospecção interior, uma vontade enorme de saber sempre mais, de querer ler sempre mais e até mesmo de escrever. Mas confesso que por momentos senti-me cansada e distante do que lia. Não por achar que não era suficientemente realista ou verídico, mas porque me sentia fisicamente e psicologicamente cansada. Refiro-me à história da Mafalda com o Gonçalo, mas disto falarei mais adiante.
Marisa, tal como tu nutro o gosto pela escrita, mas infelizmente não tenho o teu talento, nem o teu gosto desmedido pelo aglomerado de palavras. Simplesmente gosto de escrever, apesar de não o fazer com regularidade. Tu não, vives a escrita, cultivas a arte da escrita e colhes os frutos do teu amor. E a prova viva dessa tua necessidade ilimitada por dizeres ao mundo o que te vai na alma é este livro. Sem dúvida que, como tu dizes, “Vale a pena lutar pelos nossos sonhos”…
Não foi difícil ler o livro. Não porque seja um livro banal ou sem interesse, mas sim porque o considerei um vício. Saudável, é certo! Por vezes, o sono ia chegando devagarinho como quem não queria nada, mas eu não resistia em quer sempre mais e quando dava por mim já estava completamente absorvida por mais um episódio da Mafalda.
Obrigada Marisa pela companhia que o “ Remoinho de emoções” me fez durante a viagem…

Agora é para ti Mafalda:
Em relação, à tua história com o Gonçalo não posso de forma alguma julgar, criticar, cair em tentações que os nossos pensamentos nos podem querer levar a escrever, e para quem está de fora tem vontade de dizer.
Quem nunca amou? Ou pensou que amou? Quem nunca cometeu loucuras por amor ou pela pessoa amada? Quem nunca se entregou a outra pessoa, pensando que ele seria “aquela pessoa”? Quem nunca correu riscos? Quem nunca se envolveu num enredo de ruas e avenidas pensado que encontraria o caminho da felicidade de mãos dadas com a pessoa amada? Mas… Quem é que nunca sofreu? Quem é que nunca chorou? Quem é que nunca pensou que não valeria acordar se não fosse ao lado daquela pessoa? Quem é que nunca perdeu a definição dos sentidos? Quem é nunca se sentiu desorientado, desorganizado, desnorteado? Quem é que nunca lutou por aquilo em que acreditava? Quem é que nunca sentiu raiva? Tantas perguntas se podiam fazer, tantas repostas ficariam por dar, tantos sentimentos que nunca seriam capazes de nos invadir…

Gostaria de salientar que ambas partilhamos características físicas num homem. O sorriso, a voz, os traços, os contornos dos lábios e a profundidade dos olhos…

Durante a leitura do livro Mafalda, adorei todos os momentos que descreves-te como “nossos”. A forma genuína, pura, angélica, a serenidade que eu sentia ao ler parecia que era eu que os estava a vivenciar. Mas, não…não os vivi, não os senti, não trago dentro de mim as sensações, os prazeres, as saudades, os cheiros, as carícias, as frustrações, o desgaste psicológico que toda essa relação te deu. Não pelo Gonçalo, obviamente! Mas, por mais profunda que seja essa troca de experiências, de momentos temos que ter o discernimento necessário para a nossa retirada, para o nosso afastamento, para a nossa nova oportunidade. Reconheço-me em muitas palavras, sentimentos, momentos que tu viveste-te Mafalda, mas por vezes confesso que me senti cansada, esgotada, afadigada pelo desenrolar do fim (ninguém sabe se realmente acabou chegou ao fim a vossa história). Mas tu pareceste-me tão forte, tão lutadora, tão confiante, tão dona de tudo aquilo em que acreditas, que existiram fases em que me apetecia entrar no livro e abanar-te, virar-te ao contrário, abraçar-te, reconfortar-te e ralhar contigo. Tudo tem um fim, temporário ou não, não interessa. Mesmo que amemos, mesmo que acreditemos que a outra pessoa ainda nos possa amar, mesmo que ainda acreditemos na nossa história, temos que saber afastar tudo e todos que nos fazem chorar, nos fazem sofrer, que nos podem tornar pessoas azedas e feridas. É obvio que não é uma tarefa fácil e rápida, muito pelo contrário, demora o seu tempo (não sei dizer os espaço temporal e mesmo que me atreve-se a fazê-lo seria patético. Para o amor não existem regras, todos somos as excepções. É árdua a reconquista para a liberdade, pelo acostumar de ser eu. Na minha insignificante opinião, o teu problema Mafalda (apesar de não te conhecer e muito menos querer julgar-te) está na dificuldade de esqueceres o Gonçalo pelo simples facto de sentires falta, se calhar podes chamar saudades, daquela pessoa, do companheirismo, do mimo, da voz, tudo aquilo que tiveste por dois anos e nove meses. Não é fácil deixar para trás uma partilha constante e feliz, mas temos e somos capazes de o fazer. Não tens que esquecer a história, muito pelo contrário, deves mantê-la viva e sorridente. Mas passado tanto tempo do vosso fim, custou-me ler e sentir que sempre que havia uma conquista por tua parte, uma pequena libertação dessa tua dependência, logo a seguir tinhas uma recaída e uma feroz vontade de estar com ele. Enfim, existem tantas coisas que se podem dizer, sentir, perguntar, questionar que não existe um espaço suficientemente grande para ser completado por letras escuras e enfatizadas. Quero só dizer-te mais uma coisa, sempre que tiveres em baixo, lê e relê todas as palavras da Inês. Parece ser uma verdadeira amiga. Não só é sincera no que te diz como suficientemente forte nas palavras que te descreve.

Quero realçar mais um tema que achei verdadeiramente interessante, o “O homem BOM vestido de vermelho”. Apesar de nas alturas em que ele decide dar o ar da sua graça não me sentir confortável, agradeço pelo facto de ele vir. Nós, mulheres temos um dom que nenhum homem tem, podemos dar à luz. Este momento que toda a gente descreve com magia, fascino e muito amor. Escrevo BOM em letras maiúsculas porque acredito ser bom e sinto-me protegida e privilegiada por ter nascido Mulher.
Independentemente do que se fale ou do que se sinta existem sempre várias opiniões e escrever pode ser difícil de transcrever o que se quer que seja lido. Não me interpretem mal, mas acredito que quem goste verdadeiramente de escrever também gostará de saber o que se sente com alguém lê….

OBRIGADA Marisa…
OBRIGADA Mafalda…
OBRIGADA Inês….

Ligia Souto "

Obrigada Ligia ...Adorei !!!
Beijinhos

Marisa

terça-feira, 21 de abril de 2009

O livro pela minha voz...


Para mim o livro advém de uma jornada longa e intensa, talvez de uma viagem ao fundo de mim própria e dos que me rodeiam.
Sei que aos olhos de quem lê pode parecer um livro emocionalmente excessivo, ou até violento pela abundância de sentimentos opostos.
Digamos que escrevo as coisas conforme as penso.
E sim, eu tenho pensamentos arrojados e destemidos.
Poderá chamar-se coragem e bravura ao facto de eu, com as minhas palavras pôr tudo em causa, inclusive a mim própria?
Dizem que sim. Eu não sei. Sei que é assim que eu sou, que não me renego, que não me afasto das conjunturas que a minha existência me apresenta.
Vejo-me muitas vezes a contestar comigo mesma.
Argumento e contra argumento.
Existe no livro um ou outro debate silencioso comigo própria que acabei por transpor para as personagens.
Já me disseram que alguns textos transmitem uma certa perturbação e revolta. Outros que motivam e incitam as pessoas a acreditar que tudo é possível.
A Mafalda é de facto uma pessoa descontrolada, tem muitos momentos de desorientação e muitas etapas marcadas pelo abismo emocional. Mas ao mesmo tempo tira o máximo partido das suas experiências e emoções.
A Mafalda questiona-se sempre.
Nunca lhe chega dizerem que isto ou aquilo é de determinada maneira. Porque para ela os “porquês” são sempre necessários.
Questiona normas e leis. E acha que emocionalmente todas as pessoas têm tendência a mudar essas normas e regras que a razão tantas vezes nos impõe.
Questiona atitudes, sentimentos e questiona principalmente o ser humano.
Acerta-se muitas vezes e ao mesmo tempo é uma eterna errante.
Questiona os receios e os pânicos. Dela e dos outros. As certezas e incertezas do ser humano.
A Mafalda é uma personagem totalmente emocional.
Depois temos a Inês, que funciona como uma espécie de consciência e de razão. Aparece quase como para consciencializar o mundo da Mafalda.
Vê o Mundo de uma forma completamente diferente da Mafalda, mas entende-a. Mais do que isso, tem o poder de ajuda-la a sair das suas cruzadas emocionais com as palavras de motivação que lhe dirige.
A Inês é uma personagem totalmente racional, e apesar de aparecer pouco é a melhor amiga da Mafalda, acima de tudo porque em nenhum momento é capaz de julgar os seus receios, as suas inquietações e as trevas que muitas vezes trava com ela própria.
Já me perguntaram se o livro é autobiográfico.
É óbvio que existem neste livro emoções e sentimentos experimentados por mim. Mas não, eu não sou a Mafalda, nem tão pouco a Inês. E ao mesmo tempo acho que tenho um bocadinho de cada uma delas, ou elas de mim.
Na verdade acho que muitas pessoas poderiam ser uma Inês e uma Mafalda.


Marisa Martins

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Feira do Livro de Braga / Remoinho de Emoçoes na LibroBraga


O livro pode ser adquirido na Feira do Livro de Braga , com desconto de 20% sobre o preço editorial. É só procurarem a Livraria LibroBraga e encontram o "Remoinho de Emoções" .



segunda-feira, 6 de abril de 2009

O livro pela voz de Mário José " MJB-MX " ( 28 anos)

" Remoinho de Emoções e muito bem. Sim, porque nada mais acertado do que Remoinhos de Emoções. É isso que se sente ao longo de todo o livro. Um livro que saiu de um sonho que na minha opinião ninguém duvidava que se realizasse devido à escrita magnifica e simples, mas ao mesmo tempo com muito poder de sentimento…
Desde a capa do livro, que sem dúvida ficou muito boa, até a última pagina, passando pelos textos tanto da Inês como da Mafalda, que me viciaram na sua escrita desde que conheci o blogue. Este livro apresenta-nos a vida, seja em maus como também bons momentos… e que nos leva a pensar primeiro e por muitas vezes em nós próprios…
Um livro que aconselho vivamente, que nos cativa intensamente texto após texto…


Beijinho
Mário José ( MJB-MX ) "

Obrigada pela tua opinião. beijo com carinho

Marisa


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Remoinho de Emoções pela voz de Ana Gomes

" Foi viciante. Comecei a ler o livro ontem á noite e acabei mesmo agora de o ler, e tive que mandar esta mensagem para dar os parabéns por esta grande obra. Identifico-me com algumas partes do que escreveste.
Na minha opinião este livro pode ajudar muita gente a superar e compreender dores do passado, fazer acreditar que podem superar e realizar todos os sonhos.
Este livro fez-me pensar e repensar situações pelas quais já passei, e garanto que me deu força para enfrentar o que tiver que enfrentar. Quero agradecer-te por isso.
Estou ansiosa pelo próximo livro.


Beijinho
Ana Gomes "

Muito obrigada Ana pelas tuas palavras. Não imaginas o quanto é gratificante ouvi-las. Beijinhos

Marisa